Protocolo Heróis | Capitulo IV - Humanos



Eles se olham e Ruth fala:

- Eu não sou uma heroína. Não posso e nem quero fazer parte disso.

Ela se levanta e sai da sala.

- Só um minutinho. Vou falar com ela. - diz Gabriel saindo da sala.

Ao sair, anda um pouco e chega perto dela:

- Você tá bem? - pergunta Gabriel.
- Estou. Só acho que não posso fazer parte disso. Como eu disse, não sou uma heroína. Eu disse que só ia ajudar vocês para me livrar, então... Tchau.
- Então vamos desistir?
- Não. Você pode fazer isso. Eu não. Seja um herói, o mundo precisa disso.

Ruth entra no elevador e Gabriel diz:

- Bom, fica linha. Não quero te prender.
- Haha... Boa sorte.

O elevador sobe e Gabriel volta a sala da Srta. Verônica. Chegando lá ele ver Aurora bem tensa.

- O que eu perdi? - pergunta Gabriel.
- Lembra aquele cara das correntes? - pergunta Aurora.
- Sei. Era um teste também?
- Não. Não temos um usuário de corrente. - diz Verónica.
- Então... - diz Gabriel.
- Alguém realmente me quer morta. - diz Aurora.
- Você disse "usuário" de corrente? - pergunta Jéssica.

Verônica sai da sala e vai até o laboratório seguida do restante e no caminho ela fala:

- Quando uma pessoa tem dons especiais com alguma arma, mesmo sem treino, os chamamos de "usuários". Existem quatro tipos de usuários, atualmente: espada, arco, bastão e corrente.
- Uau... - diz Jéssica.
- Mas graças a você, agora são 5 tipos. - diz Vernica pegando no ombro de Jéssica. - Em nossos registros, nunca vimos alguém tão habilidosa com tessens nos últimos 10 anos.

Jéssica sorri e as portas abrem automaticamente. Que logo ficam impressionados com o laboratório.
Dois garotos vem atende-los.

- Esses são os gêmeos Guilherme e Ilidan. Eles sãos responsáveis por toda as tecnologias desse lugar. - diz Verônica.

Os gêmeos, são verdadeiros prodígios. Criados desde de pequenos pela Verônica, se tornaram uma das pessoas mais inteligentes do continente. Hoje, com 17 anos, eles são os técnicos oficiais dos Maias.

- Pera, como a gente vai saber a diferença entre os dois? - pergunta Leonardo.
- O meu óculos é preto. - diz Ilidan.
- Já o meu é azul escuro. - diz Guilherme.
- Bom, a Jéssica vai ter dificuldade nisso.
- Não tem graça, Leo. - diz Aurora.
- Você é a Bailarina das sombras? - diz pergunta Jéssica.
- O que? - indaga Jéssica.
- É o nome que ele te deu. - diz Ilidan.
- Podemos encurtar esse nome. - diz Aurora.
- Vamos ter nomes legais. - diz Jéssica, com um sorriso.

Jéssica sorri para Guilherme, Leonardo percebe que ele retribui o sorriso e da um empurrãozinho nela para perto dele.

- Bom, nos estudamos suas formas de luta. - diz Ilidan.
- Então criamos armas adaptadas para vocês. Quer dizer, para quase todos... - diz Guilherme.
- Seus tessens já foram praticamente adaptados pra você.

O relógio de Verônica da um bipe e ela diz: "Meninos, levem-nos para suas armas, eu vou resolver umas coisas".

Enquanto isso...

Ruth está a caminho do seu esconderijo/casa, mas para em uma cafeteria para espairecer as as ideias. Ela pede um café descafeinado e se senta na mesa com vista para a rua. Observando os carros, começa a pensar nos seus erros e em suas escolhas.

- Dia difícil? - diz uma moça sentando no lado dela.
- Mestra das mentes?
- Por favor, me chama de Alânia.
- Mas... Você não estava morta?
- Não. Os meninos cuidaram do meu ferimento a tempo.
- Me desculpa, eu não me controlei.
- Olha, eu sou psicologa. Se quiser conversar, estarei aqui.
- Psicologa? Você não parecia... Ou sim. Mentes, psicologia...
- Vida dupla. Falando nisso, soube que você recusou.
- Eu não podia. Os meninos nasceram pra isso, já eu... Sou uma assassina.
- Medo do que seus pais podem pensar?
- Eu nem me lembro mais deles.
- Você se culpa tanto, que não se lembra deles por medo.
- Medo?
- Sim. De achar que eles iriam se decepcionar com você. Mas sua culpa ta lhe deixando cega. E não ver que essa é sua chance de redenção.

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Gabriel e Leonardo recebem suas armas adaptadas. Jéssica e Aurora treinam combate corpo a corpo na sala de treinamento.

- Precisamos de nomes legais. - diz Jéssica.
- O que?
- Você sabe, codinomes legais. Você seria a borboleta negra.

Aurora derruba Jéssica e diz:

- Não baixe sua guarda. E esse nome já tá em uso.
- Então?
- Nada de nomes.

Guilherme sai da sede, para tomar um pouco de ar. Ele costuma sentir-se sufocado quando está passando por mudanças, mas não consegue ficar sem se inovar. Com os olhos fechados, aproveitando a luz do Sol em seu rosto, é surpreendido por um mendigo.

- Oi. - diz o mendigo.
- Desculpa, não tenho moedinhas.
- O que!? Sou eu, o Jorge.
- ... Ah.

Jorge é seu amigo de infância, e aparece em momentos oportunos. Embora Ilidan não vá muito com sua cara, Jorge e Guilherme sempre mantiveram a amizade.

- Pelo visto não largou a bebida.
- Sei que você guarda o Whisky que eu te dei.
- Admito. - diz Guilherme soltando uma leve risada. - O que trás aqui?
- Informações.
- Sobre?
- Aquele assunto.
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Verônica vai até sua ajudante e pergunta o motivo de ser chamada. Então lhe mostra uma filmagem do usuário de correntes visto invadindo uma empresa de tecnologia.

- O que ele pegou? - pergunta Verônica.
- Não sabemos ainda. - responde sua assistente.
- Algo que pode fazer toda diferença no futuro. - diz Amanda.

A assistente de Verônica da um pulo de susto e fala:

- A senhora estava ai o tempo todo?
- Amanda. - diz Verônica soltando um sorriso. - Essa é minha assistente, Samantha.
- Como você vai? - diz Amanda abraçando-a. - Mandem os meninos investigarem.
- Eles não estão prontos.
- Eles vão conseguir.

Amanda sai e Verônica pede para Samantha levar os novatos para a sala de missões.

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Amanda vai até a biblioteca central e encontra Sophia.

- O que exatamente estamos procurando? - pergunta Sophia.
- Tudo sobre o acidente de 12 anos atrás. - responde Amanda.
- De quando eu venho, esses livros estão super ultrapassados.
- Pelo visto, mesmo sendo uma viajante do tempo, não entende a importância da história.
- Qual é... Eles ainda usam petróleo como combustível.
- E você ainda fala "Qual é".
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Verônica fala com a equipe e explica a missão...

- Vocês irão como equipe forense da polícia local. O que acharem, tragam para nós investigarmos.
- Mas acabamos de chegar. Não faz sentido irmos assim tão de repente. - diz Aurora.
- Vocês tem capacidade para essa missão de reconhecimento.
- Levem esses distintivos falsos, assim terão acesso ao local. - diz Ilidan.

Eles pegam os distintivos e vão se trocar para parecem de fato uma equipe forense. Chegando no local, observam que as câmeras de segurança foram destruídas. Aurora e Jéssica pegam os materiais para verem as marcas do chão, Gabriel e Leonardo vão saber o que foi roubado. Aurora começa a analisar as marcas e descobre que não são marcas, e sim pegadas.

- Vê isso?
- Sim, o que tem elas? - pergunta Jéssica.
- O individuo tem que ter mais de uma tonelada para deixar uma pegada assim.
- Então estamos atrás de um obeso?
- Ou uma pessoa com a densidade muito alta.

Aurora tira um pouco de pó da pegada e bota em um frasco. Gabriel chega e diz o que foi levado...

- Era um repulsor eletromagnético.
- Pra que ele queria isso? - pergunta Leonardo.
- Se ele usar da maneira correta... Ele cria uma bomba eletromagnética.

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Depois de conversar com Alânia, Ruth vai para sua casa. Chegando lá, ela liga o rádio e se senta.

- Esse lugar costumava ser mais animado. - diz uma voz jovem.

Ruth se levanta e ver que é apenas uma adolescente, ou melhor, a Sophia.

- Quem é você? - pergunta Ruth.
- Sua afilhada... E eu preciso da sua ajuda.
- Acha que eu estou brincando?

Ruth pula por cima da mesa e a ataca, mas ela desvia dos ataques e segura seu ataque. Sua mão começa começa a brilhar e joga um pulso, que faz Ruth ser jogada na parede.

- Quem... Quem é você?
- Sua afilhada... E eu preciso da sua ajuda.

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Guilherme analisa o pó que Aurora pegou e procura vestígios de DNA. E acaba descobrindo algo...

- É um humano transformado.
- O que é isso? - pergunta Gabriel.
- São humanos que foram geneticamente modificados com a radiação do mutation. - responde Verônica entrando no laboratório.
- Vem cá. Você estava esperando para fazer essa entrada "daora"? - pergunta Leonardo.
- Eles emitem uma energia diferente dos demais humanos. É possível de se rastrear, faça isso.
- Sim senhora. - diz Ilidan.

Verônica chama a equipe para seu escritório. Que chegando lá, ela começa a dizer:

- Vocês podem ir para casa. Mandei um comunicado para seu pais. Para eles, vocês estão em um estágio.
- Vamos receber? - pergunta Leonardo.

Aurora bate o cotovelo em Leonardo discretamente. Verônica ri e fala:

- Sim. Vocês irão. Serão chamados para a próxima missão a qualquer momento.

Eles saem da sala e vão a caminho do elevador. Leonardo super animado por ser um 'espião' chama todos para sua casa, para assistirem um filme. Todos concordam e vão.

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Ruth está em cima de um prédio, o lugar onde Sophia a deixou, que quando começa acordar ver Amanda em sua frente.

- Quem diria que a pirralha estranha tinha ligação com você. - diz Ruth com um tom de ironia. - O que quer?

Amanda se senta no parapeito, de costas para a vista e Ruth se senta ao lado dela, só que observando a cidade.

- Eu sinceramente não sei como falar isso sem parecer estranho. - diz Amanda.
- Para sua sorte, o "estranho" perdeu significado a muito tempo.
- O universo é cheio de entrelaços, os humanos chamam de coincidência e cada um deles tem razão. Eu sou a maneira que o universo achou para fazer essas coincidências acontecerem.
- Okay...
- Como já sabe, meu nome é Amanda. Antes de ser uma deficiente visual, eu era arqueóloga. E em uma viagem eu fui atraída para essa cidade. Um metal raro que foi encontrado aqui. Em uma expedição que deu errado, por conta da nossa ignorância sobre o mutation, o metal acabou causando uma explosão no subsolo da cidade, onde estava eu e minha equipe. No início, achei que estava morta, mas em alguns milênios, vi que apenas era meus átomos que foram jogados para o presente, passado e futuro, em todas as realidades existentes... Ao mesmo tempo. Demorei séculos para materializar meu corpo em uma só realidade e tempo. Demorei mais algumas décadas para recuperar a sanidade. De tanto que eu vi, acabei perdendo a visão do mundo, mas sempre vendo as diversas realidades ao meu redor.
- Como quer que eu acredite nisso?
- Aos 12 anos foi quando você matou pela primeira vez. Foi um homem que bateu na esposa em público. A alguns meses, você encontrou Raphael, menino interessante, conseguiu fazer com que você não mate ninguém.
- Okay... Você é estranha.
- E graças ao seu amigo, o Raphael, foi graças a ele que você não matou o seu padrasto( sobre esse dia ).
- O que quer dizer?
- Raphael não parou nessa cidade atoa, eu fiz acontecer que ele parasse aqui, para ele te conhecer, para te lembrar a humanidade que existe em você... Assim, futuramente, se tornar uma heroína.
- Então você é uma viajante do tempo?
- Não exatamente. A viajante do tempo é a Sophia. Eu apenas consigo ver e viajar entre realidades.
- "Apenas". Ela me disse que era minha afilhada. Quem são os pais dela?
- O pai dela você conhece...
- ... O Raphael?
- Inclusive, você que deu a ideia do nome dela.
- Tá, é muita coisa para absorver em um dia só.
- Eu já vou indo. Pense melhor nisso. Até mais.

E Amanda caminha até a escadaria, Ruth fica lá para pensar melhor enquanto observa o pôr do sol.

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Na casa de Leonardo, estão todos animados, principalmente a mãe de Gabriel, afinal, ela pensa que seus filhos(ela declara Aurora como filha dela) estão em um estágio.
Todos assistindo um filme quando o celular deles tocam simultaneamente. "Uma pena atrapalhar o lazer de vocês, mas venham. No final a filha dele morre."

- Que vacilo. - diz Leonardo.
- Temos que ir. - diz Aurora.
- Mas já? - pergunta Sara.
- Sim, problemas nos arquivos... Vamos gente?

Chegando lá, Verónica mostra o veículo deles.

- É um jeep 2018. O GPS dele está programado para a localização do procurado. Só entrem em confronto se necessário. O foco é recuperar a tecnologia.
- Ele é lindo. - diz Leonardo.
- E adaptável. - Ilidan. - Vai mudar sua cor de acordo com o ambiente.

Então Leonardo entra e liga o carro e ele muda de preto para branco por conta do laboratório. Verônica da uma escuta para cada um, Gabriel e Jéssica entram no carro e Aurora fica para ajudar eles atrás dos monitores. Leonardo sai da sede por um túnel que leva eles até o centro da cidade.

- Melhor que aquele elevador maluco. - diz Leonardo.
- Se concentrem. - diz Aurora. - Principalmente você, Leo.

Eles vão para a localização marcada no GPS, que ficava na saída da cidade.
Em alguns minutos eles chegam, em frente de um prédio que parecia abandonado.
Gabriel desce do carro e diz:

- Para um prédio abandonado, o sistema de segurança está bem ativo.
- Eu cuido disso. - diz Aurora.

Aurora usando o computador do laboratório dos Maias, invade o sistema de segurança, dando acesso as câmeras e as portas de entrada.

- E voa lá. - diz Aurora.

Eles entram e Aurora tenta achar o homem, e ver dois.

- Tem um no 3° andar, parece que está construindo alguma arma, e tem outro logo a frente de vocês.

Eles seguem o corredor, quando eles veem um homem, o usuário de corrente. Ele olha para eles, mas não diz nada, levanta o braço direito e joga uma corrente em direção deles, que desviam e Leonardo atira algumas flechas explosivas nele, mas sem resultado, mesmo com a explosão.

- OKAY. Algum plano? - pergunta Leonardo.
- Qualquer ataque é inútil contra ele. - diz Gabriel.
- Jéssica, Leo... Vocês dão cobertura para o Gabriel subir e recuperar o pulsor. - diz Aurora.

Leonardo joga flechas e Jéssica vai por cima e tenta cortar ele, mas as feridas se curam rapidamente. Gabriel aproveita a distração e sobe as escadarias, ele vai até o 3º andar e logo ele ver um homem com um capuz fugindo com uma máquina na mão. Com muitos panos velhos sobre o corpo, assim não dava para ver o rosto dele. Gabriel tenta falar com Aurora, mas o sinal estava com interferência, então foi para cima e o homem põe a máquina no chão e eles começam um confronto. Gabriel ver que os golpes do homem previam seus ataques. Então ele pula e tenta chutar seu rosto, mas o homem pega pela perna e o joga na parede, levanta Gabriel pelo pescoço e tenta o sufocar, mas o homem é atingindo por um um pulso do fim do corredor. Gabriel se levanta e ver que é uma pessoa... Uma jovem.

- Ruth...? - diz ele, quase sem forças.

E quando ela chega mais perto, ver que é outra pessoa.

- Quem é você?
- Sophia, vamos.

Ela o puxa para a escadaria, e Gabriel ver que tanto máquina quanto o homem tinham sumido. Chegando no térreo, Leonardo e Jéssica ainda estavam lutando com o usuário de corrente. Sophia estende a mão e ela começa a brilhar e as flechas de Leonardo vão até ela e formam uma luva, ela concentra toda a energia das flechas na palma da mão, olha para o usuário de correntes, fecha o pulso e corre até ele, com um soco concentrado com toda a energia, ele é jogado para longe, atingindo quase todos os pilares de sustentação do prédio.
O lugar começa a desabar, e vendo que eles estavam muito cansados para saírem a tempo, Sophia se concentra no carro e puxa parte da tecnologia do carro até ela, que cria um escudo em volta de todos eles.
O prédio todo cai e alguns minutos depois, ela sai de baixo dos escombros, tirando eles de baixo e remontando o carro novamente. Tira o usuário de correntes e leva todos para o carro, todos inconscientes.
Se passa algumas horas e eles acordam. Na sala de recuperação, Gabriel ver Aurora dormindo numa poltrona, entre Gabriel e Leonardo. Verônica entra e diz:

- Bom trabalho. Mas irão precisar de treino. Vocês lutaram sozinhos muitas vezes, não em conjunto.
- Me desculpa. - diz Gabriel se sentando na cama. - O homem disse alguma coisa?
- Mesmo que quisesse, ele não iria dizer. Ele tá sem as cordas vocais. - diz Sophia entrando na sala. - Seja lá quem for que está no comando, se certificou de não ser traído.
- Essa é Sophia, será parceira de vocês até Ruth resolver voltar.

Gabriel se levanta e anda com dificuldade até ela e agradece por ter salvado eles. Ela abraça ele e diz: "Sem essa".

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Amanda vai até o escritório de Verônica e fala:

- Então... Como foram?
- Não fale como se não soubesse. - responde ela com um sorriso. - Sinto o potenciais deles.
- Como eu disse, eles estão destinados a grandeza.
- E a filha do Malcon?
- Ela irá vir. Só precisa se achar antes.

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