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Aurora
Me senti tremer até o último músculo, enquanto nos voltávamos vagarosamente para a voz assustadoramente grave.
Deixei o diário deslizar pela minha mão até quase cair, assim que consegui ler o brevê do mais alto.
Coronel.
— Oficial Alan. — Chamou e o outro praguejou baixo, antes de arrumar a postura e bater continência.
— Eu estou escoltando esses jovens até suas casas para evitar mais confusões, senhor. — Respondeu, fazendo um sinal discreto com as mãos para que ficássemos atrás de si.
— E o garoto? — Perguntou e Samantha praticamente agarrou o braço de Miguel.
— Nós pegamos o cara errado, senhor. — Afirmou e o Coronel revirou os olhos entediado.
— Cada dia mais incompetentes. — Desdenhou. — Tenham um bom dia, senhoritas. — Sorriu minimamente antes de se afastar.
Miguel cruzou os braços incrédulo.
— Olha lá, eu fui preso uma vez e já sou invisível. — Bateu os pés contra o piso e eu ri levemente.
— Vamos. Vocês não podem ficar aqui. — Alan alertou, nos guiando pelos corredores, até parar bruscamente. — Mas que… Droga. — Praguejou, olhando para cada um de nós. — Você. Preciso da sua ajuda. — Apontou para mim e eu franzi o cenho, me aproximando.
Carol assistia a cena hesitante, mas eu tinha certeza de que estava mais concentrada nele. Samantha parecia ocupada analisando exageradamente Miguel.
Alan me preocupava, até certo ponto. Não estávamos na nossa época. Então não era como se ele fosse apenas levar uma advertência.
— Vê aquele guarda? Aquilo do lado dele são as fichas. A do seu amigo é a primeira. — Explicou e eu mordi internamente a boca.
— Por que eu? — Retruquei, arqueando uma sobrancelha. Mas então, aproveitei o momento para me curvar levemente. — Eu vou dar um jeito de te deixar com ela. — Sussurrei no seu ouvido e ele riu, antes de arrumar a postura.
Carol franziu o cenho, enquanto os outros tinham uma expressão quase sarcástica.
— Ora, você é a mais baixa. — Devolveu despreocupado e Miguel, Samantha e Carol começaram a rir.
Eu neguei antes de simplesmente virar as costas e andar até o balcão. Para a minha sorte, o guarda estava precisando de um café. Momento perfeito.
— De nada. — Entreguei para Alan, que rasgou a folha no meio.
E nem era só pela ficha.
Logo estávamos fora da delegacia, e era nítido o clima entre Carol e Alan.
Vamos, Aurora, você era escritora. O que se faz em um momento assim?
— Samy! — Quase gritei. — Você e o Miguel não disseram que queriam um café? — Perguntei, vendo uma cafeteria ao lado.
Coffee Dreams.
— Eu não… — Miguel se interrompeu quando eu indiquei os outros dois com a cabeça. — Ah, eu quero muito um café. — Prolongou-se na primeira palavra, segurando a risada.
— Então vamos logo. — Rebati, puxando ele e Samantha comigo.
O auge do clichê.
— Eu quero um café preto. Normal. O maior que tiver, e para viagem, por favor. — Falei para a garçonete e ela assentiu.
— Desde quando toma isso? — Miguel franziu o cenho e eu apenas dei de ombros.
— GENTE. A CAROL. O ALAN. GENTE. — Samantha gritou, atraindo alguns olhares, enquanto via os dois se beijarem pela janela.
Eu sorri discretamente, antes de pegar o café que a garçonete acabara de entregar.
— Quanto… — Ela me interrompeu apontado para a placa na parede. Primeiro café grátis. — Tudo bem, obrigada. — Agradeci antes de levantar e me curvar levemente para a janela.
Carol agora estava andando na nossa direção, e Alan pareceu me ver. Isso porque ele sorriu em uma reverência desajeitada.
Não me agradeça.
— Vamos. — Estalei os dedos, chamando a atenção de Miguel e Samy, enquanto apertava o diário contra o peito.
Ela nos esperava do lado de fora da cafeteria, girando um graveto.
— Isso foi ideia sua, Aurora. Não foi? — Carol acusou, sorrindo abertamente.
— Eu não sei do que está falando. — Dei de ombros, rindo levemente.
Olhar para Carol, naquele momento, não era nada menos do que adorável.
Voltamos a andar, em linha reta. Como se as ruas fossem algum tipo de arco-íris com o pote de ouro no final. Ou com uma saída.
— A Aurora com esse diário e tomando esse café é uma gracinha. — Miguel disparou e eu ri, negando.
— É, amiga. Parece aquelas escritoras ricas. — Samantha completou, enquanto eu parava de andar, abrindo o diário.
— Não. — Sussurrei, deixando o copo cair.
Uma poça de café se formou perto dos meus pés, enquanto eu fechava os olhos momentaneamente.
— Aurora. O que você viu? — Carol perguntou aflita. — Aurora! — Quase gritou.
Respirei fundo antes de ler em voz alta.
— "Na cidade, um oficial foi levado à Corte Marcial por alta traição. Dizem que antes de puxarem a corda da guilhotina, ele gritou que valia a pena morrer por amor. Mas eu me pergunto o porquê de condenarem alguém rendido às suas próprias paixões. Às vezes a justiça é tão insana…"— Proferi vagarosamente, fechando o diário em seguida.
Eu poderia rir da forma exagerada como a Samantha chorava. Sempre a mais emotiva. Mas o momento era… complicado.
Entendemos pelo olhar de cada um ali que era o momento de fazer um minuto de silêncio. Sessenta segundos pelo homem que morreu por nós. Literalmente.
Meu olhar foi diretamente para uma roseira que estava atrás da Samantha. Eu retirei a rosa mais vermelha que se destacava entre as outras.
— Alguém tem… uma caneta? — Perguntei, vendo Miguel bater nos bolsos até achar uma.
— Isso não afeta o futuro? — Indagou, quando eu rasguei uma das últimas páginas em branco do diário.
— O futuro dele não existe. — Murmurei, sentando na borda de uma fonte que havia ali.
"Amar exige coragem, e bem afortunados àqueles que não tem medo de sentir. Merecedoras do paraíso, são as pessoas que morrem por amor."
— Obrigada, Alan. — Dobrei a folha, cuidadosamente, colocando sobre a água.
Estendi a rosa em direção à Carol, que parecia distante. Ela pensou por alguns segundos antes de pegar.
— A gente se vê por aí, idiota. — Sorriu, jogando a rosa próximo ao papel.
— Eu odeio essa década. — Samantha comentou, enxugando o rosto.
— É. A gente também. — Miguel concordou, estendendo a mão na minha direção.
Aceitei a sua mão como apoio para erguer o corpo.
Nossos passos agora eram mais lentos. Talvez porque já estávamos perdendo a esperança de sair dali. Ou porque estávamos cansados.
Mas uma coisa leva a outra, não?
— Você disse que não escreve desde quando, mesmo? — Miguel interrogou e eu dei de ombros.
— Muito tempo. — Devolvi simplesmente.
— Não foi o que pareceu. — Rebateu e eu empurrei o diário contra o seu peito, antes de prender o cabelo com a caneta.
Aquilo foi a minha forma de dizer "Chega".
— Hey, garota. Em que século você comprou isso? — Uma voz masculina, levemente irritante, nos cercou.
Eu olhei em volta, procurando a "garota".
— Eu acho que é você, Aurora. — Samy sussurrou e eu arqueei uma sobrancelha.
Que ótimo.
— No mesmo que você esqueceu o cérebro. — Rebati, encarando o garoto.
Miguel começou a rir do meu lado enquanto o garoto se aproximava.
— Você não vai fazer isso, não é? — Carol perguntou e eu sorri debochadamente.
— Eu com certeza vou. — Respondi.
Eu poderia simplesmente ir? É claro que sim. Mas por que não descontar minha raiva naquele garoto irritante?
— Achei que era bonita demais para falar algo inteligente. Acertei em cheio. — Provocou e eu ri, enquanto Miguel avançava um passo.
— Ficou maluco? Quer ir preso de novo? — Samantha repreendeu.
Eu neguei antes de simplesmente dar um soco no garoto, seguido de um chute em um lugar bem específico.
— Obrigada. — Falei para Miguel, pegando o diário de volta.
Virei as costas tranquilamente e comecei a andar.
— Eu vou quebrar a sua cara. — Exclamou e eu continuei andando tranquilamente.
— Não nesse século. — Retruquei, quase rindo com a minha própria piada.
Então andamos. Andamos. E andamos mais. Era tão repetitivo que chegava a ser sonolento. Lembrei de ler novamente o diário. Aparentemente, nada acontecia sem ter alguma ligação com as páginas.
— MEU DEUS DO CÉU! — Gritei, começando a rir escandalosamente alto em seguida. Os três me olharam confusos, assim como metade da cidade. — "Naquele dia, foi notícia em todos os jornais que o filho do prefeito havia sido espancado por um quarteto de vândalos. Emocionante para essa cidade pacata." — Li com dificuldade, ainda rindo.
Miguel, Samy e Carol se encararam, começando a rir.
— Você socou o filho do prefeito? — Os três indagaram ao mesmo tempo e eu dei de ombros.
— Ainda é um idiota. — Estalei a língua. — E nós somos vândalos. — Completei negando, em tom de ironia.
O pôr do sol já caia pela cidade. Era poético e antigo. Muito, muito antigo.
Se eu pudesse, estaria deitada no chão. Minhas pernas não aguentavam mais. E, possivelmente, o tênis já era parte de mim.
O céu era tão romântico que parecia previsível o que ia…
— Eles vão estar na ponte. — Murmurei, perdida nos meus próprios pensamentos.
— Eles o quê? — Miguel retrucou.
Ignorei completamente a pergunta e abri o diário na primeira página. Eu tinha certeza de que estava ali. Tinha que estar.
Vamos, vamos.
— “Isso é uma história de amor, como um afago de verão. Uma ponte ao pôr do sol, que liga um coração”. — Li, rindo de alívio. — Meu Deus. — Arfei.
— Poético. — Samantha quase cantarolou, enquanto eu olhava em volta.
— Mas você acha que isso vai…
— Calado, Miguel. Eu confio na Aurora, vai dar certo. — Carol interrompeu.
Eu subi em um banco e vi o que parecia uma ponte. Não acredito que vai dar certo.
— Vamos. — Chamei, praticamente correndo.
Naquele momento, eu me deixei confiar em todas as minhas lembranças, todos os filmes, todos os livros, todos os romances. Tudo.
A senhora Clark me parecia romântica demais para perder um momento tão… intenso. Ela era quase uma versão minha no futuro. Ou no passado. Eu estava apostando tudo no ponto mais alto do clichê.
— “A chuva sobre nossas cabeças, nem ao menos se comparava aos trovões no meu peito. Eu não era ela, mas você a amava. E nunca me amaria do mesmo jeito”. — Falei pausadamente, não achando nem um pouco estranha a chuva que caiu de repente. — “Eu odeio amar você, simplesmente porque você adora amar ela. E eu nunca vou ser ela.” — Quase sussurrei, literalmente, sentindo a dor em cada palavra. — Não. Não. Não… — Murmurei quase desesperada, vendo que, a partir dali, eram páginas em branco.
Era aquilo. Estávamos na ponte.
Miguel se curvou, pegando um buquê de rosas vermelhas que estava exatamente no meio da ponte e estendendo na minha direção.
— Espera… Ele tinha outra? — Carol perguntou incrédula.
— Que filho da…
— Miguel! — Samy repreendeu, abraçada ao próprio corpo.
A chuva ficava cada vez mais grossa, dando um ar tão melancólico que se tornava teatral.
— Ela era a outra. — Sussurrei. — Vocês não queriam saber por quê ela era tão amargurada? Eis a droga da sua aventura. — Praticamente cuspi as palavras, jogando o buquê e o diário no chão.
Puxei a caneta que prendia o meu cabelo e joguei do outro lado da ponte.
Ela era só uma garota apaixonada pela pessoa errada.
Curiosamente, as ruas estavam vazias. Era o momento propício para desabar.
Peguei impulso e chutei uma lata de lixo que estava na frente de uma árvore. Ela, literalmente, partiu no meio. E eu continuei chutando, até que algumas partes começassem a voar.
— Mas que… Droga! — Exclamei, puxando e quase quebrando o colar no meu pescoço.
Quanto mais amassada aquela lata ficava, mais eu pensava em tudo e nada ao mesmo tempo. Então eu literalmente me permiti cair sentada, encostando na árvore. Ofegante e trêmula.
Os três a menos de dois metros de mim, não pareciam nem um pouco assustados.
— Podem dizer que eu sou louca. Não faz mais diferença. — Disparei, erguendo o rosto.
Meu cabelo e roupas encharcadas deixavam aquilo estranhamente dramático.
— Por quebrar uma lata de lixo? — Miguel perguntou, sorrindo levemente. — Eu fui preso menos de uma hora depois de chegarmos aqui. — Ironizou e eu neguei.
— Não é de ferro, Aurora. — Carol proferiu calmamente. — Você, não a lata. A lata é de… Ah, esquece. — Riu, fazendo nós imitarmos o ato.
— Arruma a coroa, Rainha. — Samantha disse, sorrindo levemente, enquanto fazia movimentos circulares com os dedos, apontando para a minha cabeça.
Eu sorri antes de levantar, me apoiando na árvore.
“Restart”
Encarei aquela placa por longos segundos. Reiniciar.
— Eu já sei como vamos sair daqui. — Afirmei calmamente, enquanto eles me encaravam com a boca em um perfeito “o”.
Peguei o diário das mãos de Miguel, que tinha o tirado da poça d’água em algum momento do meu surto, e comecei a andar, fazendo eles me seguirem. Estranhamente, havia parado de chover e, mais estranhamente ainda, o diário estava impecavelmente seco.
— Aquela é a casa dela, não é? — Indaguei, indicando uma versão bem mais vibrante da casa que costumávamos ver na vizinhança.
— Ah, não, Aurora. Eu não entro lá de novo nem que me pague. Ficou maluca? — Miguel retrucou e eu ri da sua expressão.
— Pode ficar na rua se quiser. — Rebati e ele revirou os olhos.
— Parem, os dois. — Carol interferiu.
— Vamos logo, pelo amor de Deus. — Samy pediu e eu dei de ombros.
Aparentemente, o jardim era o mesmo. Mas as flores ainda eram vivas.
— Trancada. — Miguel falou, se referindo a porta.
— É só arrombar. — Devolvi como se fosse óbvio.
— Aurora, isso é…
Carol se interrompeu pelo som dele chutando a porta. Eu bati levemente o diário nas suas costas.
— Abracadabra. — Ele debochou e eu revirei os olhos, sorrindo levemente.
Entrei tranquilamente como se não fosse invasão de privacidade. Nada que já não tenhamos feito antes.
Reconheci a porta da biblioteca, que estava entreaberta. Lá havia menos livros do que quando entramos a primeira vez… no futuro, mas ainda sim, eram muitos livros.
— Eu sabia. — Murmurei, vendo que o espaço onde deveria estar o diário, estava vazio.
Apertei o diário contra o peito, respirando fundo.
— Então é isso? Sem fada? — Samantha perguntou e eu ri levemente.
— Nós entramos em um diário, uma fada não seria exagero, Samy? — Miguel rebateu e ela deu de ombros.
— Nunca se sabe. — Carol ironizou.
Eu folheei o diário uma última vez, vendo algo se acrescentar quase como um rabisco no fim de uma folha.
Se queres prever o futuro, estuda o passado. - Confúcio
— Bem-vindo a nossa década. — Cantarolei, encaixando o diário no espaço da prateleira.
— Um portal vai aparecer agora ou… — Miguel sugeriu.
— Alakazam. — Falei quando as prateleiras começaram a tremer e, outra vez, uma luz exageradamente forte preencheu a sala.
Tão rápido quanto todos nós fomos para o passado, estávamos de volta à nossa realidade.
— Ah, meu Deus. — Carol quase gritou.
— DEU CERTO, AURORA. — Samantha gritou, me sufocando em um abraço exagerado.
Eu estava apenas tentando me acostumar com os efeitos de uma viagem no tempo.
— Porcaria de Buraco Negro. — Reclamou Miguel, levando a mão ao estômago.
— Vem, vamos sair daqui. — Chamei, indo em direção a porta.
— “Merecedoras do paraíso, são as pessoas que morrem por amor”. Isso é poético. — A voz da senhora Clark preencheu a sala.
Sim, ela estava atrás de nós.
— Senhora… senhora Clark. Oi… quanto tempo! Essa roupa fica tão bem na senhora. Como se sente? — Carol proferiu rapidamente e de forma atrapalhada.
— Oh, meu Deus. Nós pedimos desculpas, senhora. É que…
— Estavam bisbilhotando a minha vida? — Sugeriu, interrompendo Samantha.
— É mais fácil dizer que estávamos vivendo. — Miguel riu, e eu chutei levemente a sua perna.
Ela levantou da enorme poltrona onde estava, parando exatamente na nossa frente. Sua mão foi parar no meu rosto e eu fechei os olhos momentaneamente.
— Você demorou mais tempo do que eu pensei. — Comentou distraidamente, pegando o diário na prateleira e estendendo na minha direção.
— Fez de propósito? — Perguntei incrédula.
— Vocês precisavam de aventura. — Deu de ombros. — E eu precisava fazer o Miguel parar de achar que eu sou uma bruxa. — Riu.
Por um segundo, eu encarei o seu sorriso. Aquilo era raro.
— E não é? — Ele indagou e eu dei um soco no seu braço.
— Senhora, não liga para ele. Deve ter batido a cabeça muito forte na briga hoje. — Samantha justificou o amigo.
— Isso é página virada, criança. — Ela disse distraidamente e nós começamos a rir com o trocadilho.
— Eu já disse que adoro ela? — Miguel retrucou, rindo, eu neguei.
— Deveriam estar na praça. Vão. — Ordenou.
Hesitei em chamá-la para nos acompanhar. Não parecia uma decisão muito inteligente naquela hora.
Tentei entregar o diário, mas ela empurrou contra mim.
— Eu acho que você entende melhor do que eu mesma. — Sorriu novamente. Eu apenas abracei o livro contra o meu peito.
Nós viramos as costas e começamos a andar, quando sua voz ecoou mais uma
vez.
— Carol. — Chamou e nós viramos para encará-la.
Ela apontou para um dos quadros na parede. Carol arquejou surpresa.
— Aquele é o…
— Digamos que a justiça tem seus preferidos. — Explicou, passando as mãos tranquilamente por alguns livros na prateleira.
Praticamente suspirei de alívio quando chegamos ao lado de fora. Era possível ver a praça, repleta de luzes, enfeites e pessoas. Muitas pessoas.
Nós simplesmente paramos, pensamos na situação, e começamos a rir.
— Eu sou o único que acha que isso dá um livro? — Miguel interrogou.
— E como dá. — Carol suspirou, com um leve sorriso.
Paramos exatamente sob a luz de um poste, que estava oscilando.
— Perdidos no Natal? — Samy sugeriu, arrumando o arco de gatinho na sua cabeça.
— É… Talvez. — Concordei rindo.
Escrita por: Ana Beatriz (_ana.beatriz.b)
OBRIGADO A TODOS QUE LERAM AQUI, AS MARAVILHOSAS ESCRITORAS QUE PARTICIPARAM E TENHAM TODOS UM FELIZ NATAL E UM ÓTIMO 2121!
Amo todos vocês <3